8 de março: Dia Internacional da Mulher

08.03.2024 As mulheres, ao longo da história, desempenharam diversos papéis na sociedade – muitas vezes em segundo plano e com status inferior ao dos homens, de acordo com as estruturas de poder vigentes em cada momento. Felizmente, nos dias de hoje, se reconhece, em boa parte do mundo, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas ainda há diversas barreiras e preconceitos que precisam ser superados. No mundo do trabalho não é diferente.

Às mulheres já foi negado e restringido o próprio direito ao trabalho e, em outros momentos, não lhes foram assegurados os mesmos direitos. A legislação brasileira hoje contempla, por exemplo, a proibição da discriminação em razão do gênero e regras de proteção às gestantes.

A foto que ilustra esta matéria é um registro da 1ª greve geral do país, em 1917 – iniciada por mulheres, ocorrida na fábrica têxtil Cotonifício Crespi da Mooca, em São Paulo – décadas antes da consolidação das leis trabalhistas no Brasil. O registro consta do arquivo de Edgar Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

As mulheres recebiam salários muito menores que os homens e eram submetidas às mesmas condições de exploração. Em entrevista à BBC, o historiador Cláudio Batalha, da Unicamp, pontua que as mulheres sofriam também com o assédio e até com a violência sexual por parte de empregadores e contramestres. Por esta razão, a proibição do trabalho noturno das mulheres, especialmente das menores de idade, era uma das reivindicações. Elas também buscavam o fim do trabalho infantil e a redução da jornada de trabalho, que até então poderia chegar a 16h por dia.

Durante a greve, que teve início na fábrica têxtil e só depois ganhou a adesão de outras categorias, as mulheres assumiram histórico protagonismo. Somente com organização e muita mobilização foi possível avançar.

Neste Dia Internacional da Mulher, que não nos esqueçamos: as conquistas de hoje já foram as lutas de muitas mulheres em outros tempos.

O Ministério Público do Trabalho reforça o seu compromisso com a busca incessante pela promoção da igualdade de oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho e com o combate às práticas violentas e assediadoras.

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