Empresas devem monitorar cadeia produtiva para coibir trabalho escravo, defende MPT
Instituição participou na última terça-feira (28) de evento do Ministério do Trabalho e Emprego que marcou o Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo
31.01.2025 | BRASÍLIA As empresas líderes em seus setores devem monitorar cadeias produtivas para identificar casos de trabalho escravo. Essa foi a avaliação do Ministério Público do Trabalho (MPT) durante evento realizado na última terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que marcou o Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo.
Ao destacar a importância de mecanismos efetivos de prevenção contra o trabalho escravo, o coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete) do MPT, Luciano Aragão Santos, ressaltou a necessidade de promover o mapeamento das cadeias produtivas no Brasil.
Em sua fala, o coordenador nacional da Conaete afirmou que as empresas líderes em seus segmentos devem ter uma atuação voltada à reparação de danos a vítimas causados em cadeias produtivas das quais ela se beneficiou. “Nós precisamos, de fato, mobilizar as empresas dominantes para que elas monitorem os direitos humanos e exijam que o fornecedor respeite os direitos dos trabalhadores por meio de fiscalizações e exigências contratuais”.
Aragão também apresentou dados que mostram o alcance reduzido de políticas de assistência social a vítimas de trabalho escravo. Conforme o representante do MPT, de 63 mil pessoas resgatadas no Brasil, apenas 45,9% estavam no Cadastro Único para Programas Sociais (CAD Único) antes do resgate. “Menos da metade dos trabalhadores resgatados estavam inseridos em política de assistência social no país, o que demonstra mais uma vez que há uma incidência muito grande de trabalho escravo em pessoas vulneráveis”, destacou.
A mesa redonda contou, ainda, com participação do auditor-fiscal do Trabalho Marcelo Campos e do coordenador-geral de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Paulo Funghi.
Com informações do MTE e PGT
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