Live abre campanha de combate ao trabalho infantil em Mato Grosso dia 8 de junho

Campanha virtual fará alerta para o enfrentamento ao trabalho infantil em meio a pandemia da Covid-19

04/06/2020 - As ações alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil (12 de junho) têm início em Mato Grosso na próxima segunda-feira (08) com a live “Covid-19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil”.

O tema segue a campanha de 2020 coordenada pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Justiça do Trabalho.

Nesta edição, todas as ações serão virtuais por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde para manter o distanciamento social.

Em Mato Grosso, a campanha é coordenada pelo Fórum Estadual de Prevenção e Combate ao Trabalho Infantil (Fepeti-MT), composto por representantes do Governo do Estado, Tribunal de Justiça (TJMT), Ministério Público do Trabalho (MPT), Tribunal Regional do Trabalho 23ª Região (TRT/MT), Prefeitura de Cuiabá, OAB/MT, Conselho Tutelar, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca/MT), da sociedade civil, de empregadores, e de trabalhadores.

Organizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), a live reunirá a auditora-fiscal do Trabalho Marinalva Dantas, de Natal (RN), a desembargadora do Trabalho Maria Zuila Dutra, do TRT da 8ª Região - Belém (PA), e o analista de Políticas Sociais do Ministério da Cidadania, Francisco Xavier. A live será transmitida às 14h pelo canal do YouTube SetascComunica.

Marinalva Dantas é uma das maiores referências do país no combate à escravidão moderna e ao trabalho infantil, tendo suas histórias contadas no livro “A Dama da Liberdade”.

Maria Zuília Lima Dutra organizou a 2ª Marcha de Belém contra o Trabalho Infantil, em parceria com a juíza do Trabalho Vanilza de Souza Malcher, realizada no dia 1º de março de 2020. O ato reuniu 200 mil pessoas manifestando indignação e repúdio ao trabalho infantil.

Francisco Coullanges Xavier é analista de Políticas Sociais do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania.

A mediação será realiza pelo auditor-fiscal do Trabalho Valdiney Arruda, secretário executivo do Fepeti-MT, e pela assistente Social Simone Garcia, técnica estadual do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

Campanha virtual

A campanha virtual visa orientar e sensibilizar sobre os riscos do trabalho infantil para crianças e adolescentes tendo como pano de fundo a pandemia da Covid-19. Muitas famílias, diante do isolamento social, perderam seus empregos e isso pode ser um fator agravante para a situação de vulnerabilidade dos mesmos.

Destinada a vários agentes de políticas públicas e privadas, a campanha virtual vai divulgar boas práticas nacionais e regionais de enfrentamento e proteção dos direitos da infância e adolescência.

Também apresentará a rede de proteção, os direitos fundamentais das crianças e adolescentes, as estatísticas e as consequências do trabalho infantil. Ainda alertará sobre as medidas protetivas diante da Covid-19 e o possível aumento da violência doméstica em tempos de pandemia, já que, com o isolamento social, crianças e adolescentes estão longe da escola e passando mais tempo em casa.

Todo material será divulgado pelas redes sociais do Fepeti-MT (facebook.com/fepetimtoficial/ e https://www.instagram.com/fepetimt/) e dos órgãos que integram o Fórum com a #naoaotrabalhoinfantil. A Setasc enviará material para os municípios que compõem o Peti-MT, bem como aos demais municípios do Estado.

Dados

Há 2,4 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil no Brasil. Em Mato Grosso, de acordo com dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação do Ministério da Saúde, foram registrados 671 acidentes graves na faixa etária dos 5 aos 17 anos no período de 2007 a 2019 e 12 acidentes fatais.

Com informações do Fepeti-MT

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