MPT-MT participa do encerramento das atividades do “Setembro Amarelo” em Alta Floresta
08.10.2024 | ALTA FLORESTA O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) participou de programação sobre saúde mental no trabalho, na última quinta-feira de setembro (26), em Alta Floresta (a 791 km de Cuiabá), no encerramento das atividades do ‘Setembro Amarelo’ promovido pela União das Faculdades de Alta Floresta (Uniflor).
O evento, gratuito e aberto à sociedade, foi realizado no salão nobre da faculdade e contou com palestras da procuradora do Trabalho Camila Sayuri Yoshida, que abordou o tema “Assédio Moral no Trabalho e sua Relação com a Prevenção do Suicídio”, e da psicóloga Natália Ribeiro Galantini, que discorreu sobre o tópico “Burnout: Superação e Equilíbrio Emocional no Ambiente de Trabalho”.
A iniciativa, promovida pela Coordenadoria do Curso de Psicologia, envolveu ainda os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Engenharia Civil e Agronegócio da Uniflor, e visou a fortalecer o compromisso de cuidar da saúde mental durante todo o ano, por meio ações e atitudes que valorizem a vida e espalhem empatia.
O diretor pedagógico Clodoaldo Adamczuk destacou: “Este evento, que realizamos anualmente no mês de setembro, é uma oportunidade de refletirmos sobre o cuidado contínuo com a saúde mental, tanto no ambiente de trabalho quanto na vida pessoal. Neste ano, nosso objetivo é envolver ainda mais a comunidade acadêmica e a sociedade em torno de ações que não apenas previnam o suicídio, mas também promovam um ambiente de trabalho mais saudável e equilibrado. A Uniflor se compromete a manter essas discussões e iniciativas ao longo de todo o ano, espalhando empatia e promovendo a valorização da vida”.
A procuradora parabenizou a universidade pela iniciativa e pelas ações promovidas durante todo o mês e afirmou: “A prática de assédio moral, junto com outros fatores, pode acarretar adoecimento físico e psicológico, e até mesmo contribuir para o último estágio da dor humana, o suicídio, razão pela qual é urgente a conscientização de toda a comunidade”. Ela destacou a importância de saber identificar quando há ou não a configuração de assédio moral no trabalho. “Ele pode ocorrer ainda que fora do estabelecimento ou do horário de trabalho, desde que relacionado à atividade laboral”, esclareceu. Dentre outros assuntos, falou acerca das medidas de prevenção, dos deveres e das responsabilidades dos empregadores em geral e das consequências da prática do assédio moral.
Assédio moral no trabalho
O assédio moral no trabalho é um tipo de violência que ofende a dignidade e a integridade física e psíquica dos trabalhadores, por meio de conduta abusiva e reiterada com o objetivo humilhar, constranger ou degradar o ambiente de trabalho ou, ainda, atentar contra a integridade de um trabalhador. Podem caracterizar assédio moral atitudes como: criticar ou contestar constantemente o trabalho de alguém, sobrecarregar uma pessoa com tarefas impossíveis de cumprir, ignorar deliberadamente a presença de alguém ou divulgar boatos difamatórios na empresa, dentre outras.
No último ano, o Ministério Público do Trabalho (MPT) viu o número de denúncias sobre a prática do assédio moral crescer vertiginosamente. Somente no primeiro semestre de 2023, o órgão registrou 8.458 denúncias de assédio no Brasil, quase o mesmo número registrado em todo o ano de 2022 (8.508).
Como denunciar
Para denunciar a ocorrência de assédio moral no trabalho ao MPT, é importante fornecer detalhes sobre o ocorrido e, sempre que possível, apresentar provas das alegações, tais como documentos, gravações, nomes de testemunhas e telefones para contato. A denúncia pode ser feita de forma anônima ou de forma sigilosa (com resguardo da identidade do denunciante). Para isso, basta:
1. Acessar o site do MPT (https://mpt.mp.br/);
2. Selecionar a Procuradoria Regional de Trabalho do estado onde ocorreu o assédio;
3. Relatar a situação, incluindo detalhes, nomes das vítimas, agressores e testemunhas;
4. Indicar o endereço, e-mail ou telefone das testemunhas, se possível.
Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso
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