MPT aponta necessidade de debate sobre as barreiras que impedem a inclusão de pessoas com deficiência no trabalho
Audiência pública na Câmara dos Deputados debateu a contratação de pessoas com deficiência nas principais operadoras de planos de saúde
13.11.2024 BRASÍLIA A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados debateu, na terça-feira (12.11), a contratação de pessoas com deficiência nas principais operadoras de planos de saúde. Na discussão, a representante do Ministério Público do Trabalho (MPT), procuradora Danielle Olivares Corrêa, ressaltou que dificilmente um trabalhador permanecerá em uma relação de trabalho se não for tratado com igualdade e, por isso, a inclusão para pessoas com deficiência é algo essencial.
Coordenadora nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Elimicação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Corrêa defendeu a necessidade de se aprofundar a discussão sobre as barreiras que impedem a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Ela destacou que quando não há inclusão, essas pessoas se tornam invisibilizadas.
"Para que haja inclusão, todo o corpo de trabalhadores precisa estar treinado e sensibilizado para receber o trabalhador com deficiência”, disse a coordenadora nacional da Coordigualdade do MPT. Corrêa também ressaltou a necessidade de adaptações razoáveis para que aquele trabalhador ou trabalhadora possa desempenhar com competência a tarefa para a qual foi contratado.
Ela ainda apontou o papel do empregador na inclusão do empregado com deficiência. “A empresa precisa cumprir essa parte social também no sentido de fazer uma capacitação ou treinamento que seja acessível e adaptado para aquele trabalhador”, explicou.
Para a coordenadora da Coordigualdade, é preciso vencer uma cultura capacitista que existe no Brasil. “O que acontece é que as pessoas não estão acostumadas a conviver com pessoas com deficiência. A gente precisa quebrar esse paradigma no sentido de trazer essa inclusão para o ambiente de trabalho e para todos os espaços, públicos ou privados”, reforçou a procuradora.
Com informações da PGT
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