MPT na Escola: coordenadores de Sinop são capacitados

13/08/2018 - O Ministério Público do Trabalho realizou, na manhã da última segunda-feira, a primeira etapa do Projeto do MPT na Escola em Sinop. O evento reuniu 14 coordenadores pedagógicos, que darão continuidade ao projeto capacitando 49 professores da rede municipal de ensino. No total, participarão do MPT na Escola 1.350 alunos do 4º ao 7º anos.

Foram entregues, na oportunidade, 49 kits do Projeto Resgate à Infância/Eixo Educação/MPT na Escola, 49 cadernos e 1.350 cartilhas 'Brincar, estudar, viver...Trabalhar, só quando crescer'. "Agora vamos seguir com a formação com professores e alunos concomitantemente para dar tempo de realizar o projeto até o final do ano”, explica a coordenadora de Projetos do Setor de Educação Básica da Prefeitura de Sinop, Maria Madalena Ferdinando Várea.

O MPT na Escola é um projeto estratégico que busca combater o trabalho infantil por meio da prevenção. A ideia é promover a conscientização e romper as barreiras culturais que perpetuam o problema. “Uma das maiores inspirações do projeto é a grande capacidade que os educadores têm de interagir e participar da vida da comunidade escolar, de modo que, uma vez qualificados a abordar a temática do combate ao trabalho infantil, poderão levar esse assunto com maior proficiência para a sala de aula e os alunos, por sua vez, poderão se tornar adultos conscientes dos prejuízos do trabalho precoce", pontua a procuradora do MPT Thalma Rosa de Almeida Furlanetti, vice-coordenadora regional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Coordinfância).

Objetivo

O objetivo da ação é formar uma rede de proteção que inclua toda a comunidade escolar, alertando sobre os prejuízos do trabalho infantil e sobre a necessidade de proteção da criança e do adolescente contra qualquer tipo de exploração que comprometa seu desenvolvimento físico, psicológico, moral e/ou social.

Durante o evento, a procuradora do Trabalho citou, para motivar os coordenadores, texto da peça “A Exceção e a Regra”, do dramaturgo alemão Bertold Brecht. “Estranhem o que não for estranho. Tomem por inexplicável o habitual. Sintam-se perplexos ante o cotidiano. Tratem de achar um remédio para o abuso. Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra”.

Por intermédio das oficinas, os professores, coordenadores e demais profissionais da educação são capacitados para atuar como multiplicadores do saber. Essa, que é a primeira fase do projeto, foi marcada por palestras, exibição de vídeos, dinâmicas e debates sobre o que é o trabalho infantil, quais os mitos e as concepções equivocadas sobre o assunto e as consequências dessa prática no futuro das crianças. Depois disso, os educadores deverão instruir seus colegas nas escolas, para que todos estejam aptos a abordar o tema em sala de aula.

Fotos: Prefeitura de Sinop