Projeto Liberdade no Ar lança animações sobre tráfico de pessoas
05.07.2024 | BRASÍLIA O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou, nesta semana, duas animações inspiradas em casos de tráfico de pessoas. As produções integram a campanha “Expectativa x Realidade”, do Projeto Liberdade no Ar. A iniciativa é realizada pelo MPT em conjunto com diversas instituições e entidades.
Um dos vídeos apresenta a história de uma vítima de tráfico de pessoas que é submetida a trabalho escravo em confecção precária. O outro vídeo mostra o caso de uma mulher que aceitou falsa proposta para trabalhar como cozinheira e se tornou vítima de exploração sexual.
Veja as duas animações: Vídeo 1; Vídeo 2.
Websérie
A quinta temporada da websérie “Tráfico de Pessoas no Brasil” foi realizada entre os dias 1º e 4 de julho. A iniciativa é do Projeto Liberdade no Ar em parceria com a Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude (Asbrad) e a Clínica do Trabalho Escravo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Dividida em quatro episódios com debates e pílulas do conhecimento, a websérie foi exibida no canal da Asbrad no Youtube.
Desde a primeira edição da websérie, os vídeos já foram reproduzidos em países como Moçambique, Portugal, Espanha, Uruguai, Estados Unidos, Argentina, Rússia, Suíça, Ucrânia, México e Venezuela.
Iniciativa
O “Liberdade no Ar” foi inspirado na história da comissária de bordo americana Shelia Fedrick, que salvou uma menina vítima de tráfico de pessoas, em 2011, após desconfiar do modo como o acompanhante dela a tratava durante o voo da Alaska Airlines, entre Seattle e San Francisco, nos Estados Unidos. As ações do Liberdade no Ar foram coordenadas pela gerente do projeto, a procuradora do Trabalho Andrea da Rocha Carvalho Gondim, e pela vice-gerente Cristiane Sbalqueiro Lopes. Dentre outras entidades, são parceiras do projeto a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Internacional de Migração (OIM).
Esse é o quinto ano do Projeto, que foi criado inicialmente pelo MPT para sensibilizar passageiros, funcionários de aeroportos e empresas aéreas sobre a importância do combate ao tráfico de pessoas e trabalho escravo. Posteriormente, a iniciativa se tornou uma campanha no eixo de prevenção realizada a muitas mãos e que busca conscientizar a sociedade sobre o tema.
A gerente do “Liberdade no Ar” afirma: "O tráfico de pessoas para fins de trabalho escravo é uma realidade em nosso território e merece um esforço conjunto e permanente da sociedade e do Estado para que o tema não seja esquecido”. Andrea Gondim também ressalta que as formas de enganar trabalhadoras e trabalhadores podem mudar e se modernizar com o uso de novas tecnologias e das redes sociais, mas a superexploração do trabalho não se altera.
“Vítimas continuam sendo enganadas com falsas promessas para mudar de cidade ou país, mas acabam sendo submetidas a condições de trabalho degradantes, com jornadas exaustivas, trabalho forçado e/ou servidão por dívidas. Se essas condições fossem realmente conhecidas desde o início da contratação, jamais seriam aceitas. Daí a importância do Projeto Liberdade no Ar, que ganhou adesão de diversos parceiros em razão desta necessidade de unir esforços em prol da dignidade e da liberdade", destacou a procuradora do Trabalho.
Denuncie!
As denúncias contra o tráfico de pessoas e o trabalho escravo devem ser feitas por meio do Disque 100 e do Ligue 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Casos também podem ser denunciados ao MPT, pelo site mpt.mp.br ou pelo aplicativo MPT Pardal (disponível gratuitamente para Android e iOs).
Com informações da Procuradoria-Geral do Trabalho
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